Mariana 2015 e Brumadinho 2019: um déjà vu trágico


Mariana 2015 e Brumadinho 2019: um déjà vu trágico.

Há três ou quatro anos, ocorreu a tragédia de Mariana, considerada o maior desastre industrial que causou o maior impacto ambiental da história brasileira. A empresa Samarco, responsável pela barragem, lucrou 13,3 bilhões de reais entre 2010 e 2014.

A apuração das causas da tragédia mostrou que não foi um acidente, tampouco uma fatalidade, mas um erro na operação e negligência no monitoramento da barragem, segundo o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

Comissões parlamentares foram instaladas, mas muitos dos parlamentares integrantes receberam doações de empresas do grupo Vale para financiar suas campanhas eleitorais, totalizando R$ 2,6 milhões. Essa situação amenizou a punição à Samarco.

As penas aplicadas incluíram a suspensão da licença ambiental apenas para aquela unidade, permitindo que as outras continuassem operando. Além disso, o Ibama aplicou uma multa de 250 milhões de reais, e o presidente licenciado Ricardo Vescovi e mais seis pessoas foram presos, mas não se sabe se pagaram fiança.

A presidente Dilma Rousseff transformou o estouro de barragens em desastre natural para "inocentar" a Samarco, o que levanta a questão de quanto isso custou. Ela assumiu que várias legislações federais foram descumpridas, mas não ficou claro o que ela fez para que as outras unidades da mesma empresa começassem a cumprir a legislação. Ela fiscalizou? Aplicou multas aos descumprimentos da legislação em outras unidades?

É preocupante que, mesmo havendo estudos que mostram que o tipo de "barragem à montante" é perigoso e que é a mais barata para ser feita, as autoridades não tenham tomado providências na época para prevenir futuros acidentes. Se a empresa fosse impedida de construir barragens à montante, será que essa tragédia teria acontecido? Quantas outras barragens à montante ainda existem no Brasil, prestes a romper? Que providências devem ser tomadas para transformar essas barragens em outro tipo mais adequado, não para a empresa, mas para a segurança da população e a preservação do meio ambiente?

Infelizmente, nada foi feito para prevenir acidentes em barragens existentes, nem foi encontrada qualquer irregularidade ou realizada inspeção pelos órgãos competentes nos últimos quatro anos. Isso leva a uma sensação de déjà vu, com o desastre de Brumadinho em 2019.

Segundo uma reportagem do site Uol, Bolsonaro disse que o governo federal não tem nada a ver com isso, e a população culpa-o pelo acidente, porque ele deseja isentar as empresas de multas. É preciso refletir sobre isso: será que ele não se importa com a população e o meio ambiente, ou alguém anterior a ele retirou essa responsabilidade do governo federal, transformando negligência em desastre natural?

A responsabilização é uma questão crucial a ser considerada em casos como o de Mariana e Brumadinho. As empresas envolvidas devem ser responsabilizadas pelos danos causados ao meio ambiente e às pessoas afetadas. Além disso, é importante que os órgãos públicos cumpram seu papel de fiscalização e regulamentação, para evitar que tragédias como essas aconteçam novamente.

A suspensão da licença ambiental apenas para uma unidade e a multa aplicada pelo Ibama são medidas importantes, mas ainda são insuficientes diante da magnitude do desastre. É preciso que haja uma investigação rigorosa sobre o caso, com punição adequada para os responsáveis.

Além disso, é necessário que sejam adotadas medidas preventivas para evitar novas tragédias, como a substituição das barragens à montante por outros tipos mais seguros, e que as empresas sejam obrigadas a investir em medidas de segurança e prevenção de acidentes.

Por fim, é preciso que a população cobre das autoridades competentes medidas mais efetivas e rigorosas para prevenir novos desastres ambientais e proteger as pessoas e o meio ambiente. Só assim poderemos evitar que tragédias como a de Mariana e Brumadinho se repitam no futuro.

RESPONSABILIZAÇÃO, uma questão a ser conceituada...

Meus sentimentos às famílias envolvidas em mais essa tragédia, e que a população invés de apontar dedos, comecem a cobrar providencias para que não haja mais acidentes destes...

~Cleuzi da Silva.

Cleuzi da Silva é mentoring e Acompanha Almas no processo de autodescoberta; é Especialista em Desenvolvimento Transpessoal, Acompanhante de Almas, Orientadora Transcendental, Terapeuta Transpessoal e de Pranic Healing, Instrutora de Meditação Mindfulness e Facilitadora da Meditação nos Corações Gêmeos. Cleuzi partilham as suas dádivas com a humanidade através deste Blogue e do canal do youtube.